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"Só existem dois dias no ano em que nada pode ser feito. Um chama-se ontem e o outro amanhã, portanto hoje é o dia certo para acreditar, fazer e principalmente viver." Dalai Lama

Thursday, February 16, 2006

Uma noite de reflexão...


No passado dia 26 de Janeiro tive o prazer de ser convidada pela Bárbara para ir a uma Tertúlia sobre o tema "O Coração e a Inteligência Emocional".

Não sou muito destas coisas mas o tema era sem dúvida muito aliciante e nesta fase da minha vida achei que deveria ir e fui sem pensar seja no que fosse...
O tema era interessante e o lugar excelente. Imaginem, decorreu num dos meus cafés preferidos, o "Bogani Café" no Cais de Gaia.

Senti que esta iniciativa e o facto de eu ter sido posta ao corrente da mesma foram uma coisa do outro mundo pois tinha tudo a ver comigo e com a fase pela qual estou a passar.
Estava mesmo a precisar de ouvir pessoas que se interessam pela matéria.

Fui com a Bárbara e um amigo dela.
Chegamos e encontrei logo uma pessoa que me marcou, pela positiva, nos últimos tempos, o Dr. Moreira, o formador do curso que tinha acabado de tirar na Anje.
Muita coincidência ou não...Só sei que fiquei contente por ele estar lá...

Ouvi muita coisa sobre o tema, coisas em que me revi e revejo, coisas que costumo pensar e que afinal são para ser pensadas e, fundamentalmente, aprendi muito...

Gostei da abordagem dos intervenientes, principalmente da psicóloga, que era a pessoa que mais se encaixava na "minha actual situação" e da troca de impressões com o "publico".

Cheguei mesmo a tomar notas, é verdade, eu que não gosto de tirar notas de nada...
Aprendi que a sigla M.A.R.T.A. representa as emoções primárias :
M - MEDO
A - ALEGRIA
R - RAIVA
T - TRISTEZA
A - AVERSÃO

No entanto dentro da emoções primárias existem também as sub-emoções, as sub-sub-emoções e assim consequentemente.

Assisti à explicação que costumo dar à minha mãe sobre os bebés, ou seja, quando uma criança nasce, nasce como uma "tábua rasa", é uma caixinha vazia, à medida que vai crescendo vão nascendo as emoções e construindo-se assim a sua prórpia identidade.
Esta é uma fase muito importante que pode ditar o futuro da criança.
Falo por mim própria infelizmente.
Tudo o que gira em torno de uma criança vai marcar a diferença desta em relação a todas as outras crianças.

A família surge como o primeiro laço entre ela e a sua sobrevivência, o laço que mais a marcará Falo no ambiente que a família lhe proporcionará, nas atitudes da família para com a criança e mesmo nas atitudes entre os membros dessa família...Muitas vezes a criança é esquecida e apenas por ouvir uma discusão entre duas chegadas, pode alterar muita coisa.

É pena que as pessoas não "resguardem" as crianças deste tipo de situações.
Sei que ás vezes é por não terem consciência que podem causar traumas naqueles pequenos serem que ainda nem sequer falam ou andam ou mesmo lembranças menos boas que nunca esquecerão.

No entanto é preciso, é sobretudo urgente, tomar consciência disto.
A vida de uma pessoa é um turbilhão incontrolável de emoções que têm de ser muitas vezes suportadas, ou mesmo "negadas" pela própria no contexto do ambiente de stress do quaotidiano em que vivemos.
O facto de termos de levar uma vida como se fosse uma linha recta, já traçada mesmo antes de nascermos: infantário, escola, faculdade, trabalho, família....faz com que muitas vezes não possamos parar para pensar...Nascemos já com imposições por parte dos outros que por sua vez também quando crianças sofreram do mesmo...Estranho...Quem terá inventado isto tudo...

Pensar é preciso...as emoções são para serem vividas e não oprimidas...
As emoções tem um grande poder, o poder de organizadorem as nossas vidas.
É por isso que quando acontece algo que nos põe triste. A tristeza que sentimos deve ser vivida nesse momento e não guardada num cofre para que ninguém perceba ou para que possamos passar a ideia de que somos muito fortes.
Devemos sofrer no momento certo, no momento que provocou esse sofrimento, essa tristeza. Devemos viver essa emoção da forma como a sentimos seja ela muito ou poco intensa.
Não podemos deixar de vivê-la pois ao guardar-mos dentro de nós estamos sujeitos mais cedo ou mais tarde que ela se manifeste. E nesse dia, não será de certeza o dia certo para a mostrar-mos...O dia certo é o dia em que a emoção aparece...

Quando uma pessoa está triste devemos deixá-la viver essa tristeza...dizendo-lhe apenas que estamos ali para quando ela precisar...pois esse momento é só dela a não ser que o queira compartilhar.
Não devemos de maneira nehuma tentar que a tristeza que vai surgir não apareça ou desapareça de um momento para o outro.
Sei que é com boa intenção que fazemos ou tentamos fazer isso mas a tristeza provocada por um momento menos bom e mais cedo ou mais tarde vai sempre reaparecer se não for bem vivida e mais o uma vez o momento certo para vivê-la e ultrapassá-la é quando surge.

Bem acabei por divagar, por falar em código, etc mas uma coisa é certa, para mim esta tertúlia foi uma sessão de terapia...Reflecti muito nessa noite...percebi coisas que até então achava confusas o que foi muito bom...Acreditem!

Já marquei na minha agenda uma pesquisa profunda sobre este tema...
Vale a pena

5 Comments:

  • At 10:13 AM, Blogger SIPO said…

    Concordo com tudo o que disseste, mas reconheço que há emoções que não devem ser expostas a todos... cada vez mais acho que nos devemos resgardar. A reserva pode ser má, mas pior do que isso é alguém utilizar as tuas 'fragilidades' como armas.

     
  • At 11:13 AM, Blogger B. said…

    Tudo o que disseste sobre a necessidade de termos um período de reflexão em que deixamos que a tristeza tome conta de nós é aquilo a que eu costumo chamar de "curtir a tristeza". Há tempo para tudo na vida, só não há tempo a perder :)
    Também concordo com a Sara, também acho que nos devemos resguardar em algumas situações. Mas isto só é uma atitude equilibrada qd temos alguém, nem que seja uma só pessoa, a quem recorrer qd precisamos expulsar algumas palavras que andam presas na nossa garganta.
    Ah, e escrever é, sem dúvida, uma terapia!

     
  • At 11:15 AM, Blogger Diana said…

    Eu tenho esse problema, às vezes não me resguardo e neste momento há pessoas precisamente a utilizar as minhas "fragilidades" como arma..
    Estou a aprender com esse erro...
    Tenho é de continuar a ser como sou, sei o quanto valho e que sou uma "guerreira" (como já me disseram)...
    A vida continua...por vezes com fases boas e menos boas mas tudo passa...É preciso saber vivê-la e estou a aprender isso.

    Obrigada pelas palavras amigas!

     
  • At 11:27 AM, Blogger B. said…

    Se precisares duma companheira de armas estou mesmo aqui ao lado ;)

     
  • At 11:38 AM, Blogger SIPO said…

    (reparei que coloquei dois post idênticos ... sorry)

    Antes de expormos as emoções temos de nos conhecer muito bem e saber muito bem quem te rodeia. Mas olha cheguei à conclusão que vamos estar toda a vida a dar cabeçadas e a aprender em que situações deves 'usar o capacete' :)
    Ora aí é que está a piada

     

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