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"Só existem dois dias no ano em que nada pode ser feito. Um chama-se ontem e o outro amanhã, portanto hoje é o dia certo para acreditar, fazer e principalmente viver." Dalai Lama

Friday, January 05, 2007

Sem comentarios II ...

«Já estive oito dias sem comer»

Vêem morrer amigas e figuras públicas devido à anorexia e bulimia. Sabem que os comportamentos que têm lhes podem custar a vida, mas a doença é mais forte. Saiba o que sofre quem vive obcecado por emagrecer
Vivem obcecados por emagrecer, contam as calorias que ingerem e tentam esquecer a fome. Nos momentos de desespero, viram-se para os sites e comunidades virtuais pró-anorexia e bulimia.

Saiba o que sofre quem vê a vida regida pelos disturbios alimentares, nas mensagens escritas pelos anorécticos e bulímicos:

- «Quero morrer.... não sei porquê, mas quero. Preciso voltar aos meus 40 quilos, PRECISO!!!! Não aguento mais suportar esses 50 quilos. Porque é que tem de ser assim?»

- «Maldita comida, parece droga, vicia. Odeio comer, odeio engordar, odeio comida, odeio... Quero ficar a parecer um esqueleto só de raiva».

- «Domingo à noite, mais uma semana que termina... Uma semana de fracasso, de lágrimas e cortes na minha pele. Nova tentativa de suicídio, fracassada também... Não sirvo nem para me matar... Mas fazer o quê? A vida é assim. Um dia perde-se, no outro ganha-se... muitos quilos».
«Sendo uma esteticista posso dizer o quão nojento é ver uma pessoa gorda sem roupa. Portanto annas


- «Sendo uma esteticista posso dizer o quão nojento é ver uma pessoa gorda sem roupa. Portanto annas e mias, não desistam. Não somos doentes somos felizes».

- «Sinto os meus batimentos cardíacos fracos e a capacidade dos meus pulmões meio reduzida. Não é agradável, mas é necessário, embora eu saiba que posso morrer antes, quero chegar aos 35 quilos».

- «Já fiquei oito dias sem comer nada. Foram várias vezes. Depois, o corpo não vai aguentar uma quantidade estúpida de comida».

- «As vezes, fico a pensar: «o que é que estou a fazer comigo? Mas não consigo deixar de ser assim, não posso. Doce ilusão!»

Estes são apenas alguns dos muitos testemunhos que podem ser encontrados nos sites pró-anorexia e bulima.

Doenças que podem levar à morte

«Ainda não consigo acreditar, não quero acreditar que já não estás aqui! Sinto uma culpa por tudo isto, afinal, tivemos um começo juntas. Maldita anna, mil vezes maldita! Se eu pudesse ter feito algo...». Este é um testemunho deixado num blog pró-anorexia, escrito por uma jovem brasileira cuja amiga tinha acabado de morrer vítima da doença.

As annas e as mias sabem que os distúrbios alimentares de que sofrem podem levar à morte. Vêem morrer amigas, familiares, pessoas das comunidades virtuais que frequentam e figuras públicas, mas não conseguem parar de fazer tudo para emagrecer.

As annas e as mias sabem que os distúrbios alimentares de que sofrem podem levar à morte. Vêem morrer amigas, familiares, pessoas das comunidades virtuais que frequentam e figuras públicas, mas não conseguem parar de fazer tudo para emagrecer.

«A morte da Patrícia fez-se pensar muito, e muito mesmo. Por isso desapareci do blog. Até aonde as coisas podem chegar?», questionava-se a mesma jovem, uns dias depois. Mas a compulsão continuou e no blog pode ler-se o esforço que continuou a fazer para ser magra, «para atingir a perfeição».

«Li num blog a notícia da morte de uma das meninas que participavam de lá. Uma que morreu pela anna... Fiquei a pensar umas coisas sobre mim, a minha mãe, a minha família, os meus amigos, os meus amores... veio tudo de uma vez só à cabeça e quase pirei...
Eu sei que estou quase no mesmo caminho... essas tonturas, dores de cabeça, o corpo que rejeita a comida por natureza sem forçar o vómito... a pressão baixa, a gastrite... até essa gripe de duas semanas eu sei que é por causa da anna, mas eu não consigo parar porque quero ser magra, não quero ser como essas porquinhas da vida que se acham lindas... Eu tenho direito de ser feliz!
Fico triste por saber que a anna mata, maldita!!!!!!! Estou revoltada porque quero sair desta situação, mas a anna mostra a minha vida como uma ponte... ela diz: atravesse a ponte até a cura, mas olha quem está lá à espera... O monstro «Engordar»... E fica essa palavra a martelar minha cabeça o dia inteiro... por isso é difícil sair desta vida. Enquanto eu tiver forças, vou até meu limite».

Por: Sara Marques

in: http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?div_id=291&id=757742

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